Metida ou seletiva ?

Já fui chamada de metida por ser como sou. Não é que eu tenha me tornado metida ou deixado de ser humilde. Acontece que eu passei a conviver com pessoas diferentes; pessoas diferentes daquele usual, diferentes do que se encontram aos montes por aí. Passei a ter tempo apenas para estudar e se eu não digo 'Oi' na rua, é porque tenho pressa ou estou distraída com outras coisas.
Me tornei mais seletiva, deixei muitas 'amizades' para trás e não me arrependo de tê-lo feito pois sei que as que tenho hoje, são muito importantes para mim. Levei muitas rasteiras e fui traída muitas vezes. Talvez seja por isso que ainda levo tempo para confiar nas pessoas.
Apesar de isso não importar mais tanto, quero que as pessoas entendam que não é questão de nariz empinado ou humildade, a questão é que eu não posso abraçar o mundo e então tenho que separar as coisas.
Do que me adiantaria muitos colegas, conhecidos, "amigos" falsos e poucos amigos de verdade? Prefiro a minha vidinha com muitos amigos em quem eu possa confiar, amizades que eu possa cultivar, amizades que viram casos, casos que viram amizades, gente de perto, gente de longe, gente de muito longe, amigos especiais, amigos que me ajudam, amigos e amigos...

:*

Agradeço se algum dia você olhar nos meus olhos e dizer:

Obrigado por não desistir de mim!

Restart é modinha ?

A música no Brasil passa por gerações diferentes (FalaêCapitãoÓbvio) e, assim, sofre mudanças e trocas, tendo um determinado genero musical fazendo sucesso a cada época. O cenário musical brasileiro vinha de uma década em que o rock e suas multiplas subdivisões faziam esse sucesso arrastando milhares de pessoas (fãs ou não) para seus shows, vendendo milhares de CDs, começando a despejar seus conteúdos na internet e fazer sucesso no mundo virtual. E é em meio a esse cenário que o mercado fonográfico sofre mais uma mutação: os rotulados emos resolvem colocar um pouco de cores, purpurina e animação à sua vida e fazem surgir o Happy Rock com nomes como Cine, Replace e Restart.

Uma suposta boa vocação para música somada a contas super-bombadas na internet provocaram uma avalanche de entrevistas e causando em seu público-alvo (adolescentes e pré-adolescentes, preferencialmente garotas) uma lavagem cerebral alegando que seus entrevistados são promissores, fazem música e música boa. Essas e outras promessas provocam o sucesso alarmante de bandas que tem ritmo e letras não tão ruins, mas que caem no conceito de muitos exatamente por serem cultuados por pessoas imaturas e desacreditadas.

O Restart passou por todos os passos de uma receita de sucesso e cresceu muito rapidamente. Garotos bonitinhos com cabelos 'ajeitados' e uma roupa super-colorida. Assim, foram rotulados gays por um público que é uma espécie de Anti-Restart e fazem questão de deixar claro que são contra esse movimento jovem que cultua pessoas que 'tocam' rock e ligam tanto para aparência, características totalmente opostas segundo a tradição.

Nostálgico, melancólico, emotivo...

As vezes em lembro daquele dia como se fosse o pior da minha vida, tamanho o erro que cometi.
Mas então penso novamente e reflito que há males que vem para o bem. Penso que isso foi essencial para o crescimento e o amadurescimento de nós. Penso que tantas coisas aconteceram para nos afastar ou aproximar e que podem ou nao fazer diferença, mas que são de suma importância para que hoje a gente se reencontrasse, relembrasse, quizesse realizar tudo e tirar o atraso de tanto tempo perdido.
Me sinto mais ansiosa ainda sabendo que a recíproca é verdadeira e que compartilhamos dos mesmos sentimentos.
Lembro de quando me perguntavam se o amor que sentia tinha se esvaído por completo e sempre disse que sim, mesmo sabendo que no fundo restava ainda uma gota de algo tão forte dentro de um coração que sentiu tantas outras coisas, mas nada igual.
Um momento tão esperado e que novamente tem que esperar: o beijo que não foi dado fica para a próxima.