Pérolas da UTF

- Demorou mas veio... Poisé. Fazia tempo que eu não dava uma passada por aqui. Teve gente reclamando tanto que eu tive que arranjar um tempo não sei de onde. Mas vim.
E tirei um assunto na aula de português, filosofando com meu amigo querido Fernando. É uma edição rápida, sobre assuntos que 'surgiram' no meio da aula.

Professor: A personagem é fina. Mas por quê?
Helena (sussurrando): Porque não é redonda.
Fernando: Meu Deus Helena.
Professor: Tem a fina e a redonda.
Fernando: =O
Helena: Eu faço profecias.

Professor: E os contos urbanos. Por que é urbano?
Helena: Porque não é do campo.
Professor: Porque é da cidade.
Fernando: s.s
Helena: Tô avisando;.

Professor: Contos góticos.
Fernando: Góticos viraram emos.
Jacky: Os emos viraram coloridos.
Fernando: Taí a prova de que evolução não é sinal de coisa melhor ;x

Professor: Na história o cara fala que foram não sei quantos dias e tantos contos de réis pra... Pra... Pra ter a mulher.
Helena: Ele pagou pra comer ela!
Fernando: oO Tu é bem realista hein! Te amo o caralho só queria te fuder (8)
Helena: É eu só queria te comer. ;@
Fernando: Você queria me comer ?
Helena. Não. SIIIIM! --'
Fernando: Ow!

Fernando: Conto realista e trágico da taverna?
''Eu estava bebendo na taverna. Acabou a cerveja. Aí FFFFUUUUUUUUU''.

Se Se Morre de Amor - Gonçalves Dias. (Pt. II)

Compreender o infinito, a imensidade 
E a natureza e Deus; gostar dos campos, 
D’aves, flores,murmúrios solitários; 
Buscar tristeza, a soledade, o ermo, 
E ter o coração em riso e festa; 
E à branda festa, ao riso da nossa alma 
fontes de pranto intercalar sem custo; 
Conhecer o prazer e a desventura 
No mesmo tempo, e ser no mesmo ponto 
O ditoso, o misérrimo dos entes; 
Isso é amor, e desse amor se morre!
Amar, é não saber, não ter coragem 
Pra dizer que o amor que em nós sentimos; 
Temer qu’olhos profanos nos devassem 
O templo onde a melhor porção da vida 
Se concentra; onde avaros recatamos 
Essa fonte de amor, esses tesouros 
Inesgotáveis d’lusões floridas; 
Sentir, sem que se veja, a quem se adora, 
Compreender, sem lhe ouvir, seus pensamentos, 
Segui-la, sem poder fitar seus olhos, 
Amá-la, sem ousar dizer que amamos, 
E, temendo roçar os seus vestidos, 
Arder por afogá-la em mil abraços: 
Isso é amor, e desse amor se morre!

Se morre de amor ?

Se se morre de amor! – Não, não se morre,
Quando é fascinação que nos surpreende
De ruidoso sarau entre os festejos;
Quando luzes, calor, orquestra e flores
Assomos de prazer nos raiam n’alma,
Que embelezada e solta em tal ambiente
No que ouve e no que vê prazer alcança!
Simpáticas feições, cintura breve,
Graciosa postura, porte airoso,
Uma fita, uma flor entre os cabelos,
Um quê mal definido, acaso podem
Num engano d’amor arrebentar-nos.

Mas isso amor não é; isso é delírio
Devaneio, ilusão, que se esvaece
Ao som final da orquestra, ao derradeiro
Clarão, que as luzes ao morrer despedem:
Se outro nome lhe dão, se amor o chamam,
D’amor igual ninguém sucumbe à perda.
Amor é vida; é ter constantemente
Alma, sentidos, coração – abertos
Ao grande, ao belo, é ser capaz d’extremos,
D’altas virtudes, té capaz de crimes!

Se Se Morre de Amor - Gonçalves Dias.

Ps: Continua..